quinta-feira, dezembro 06, 2007

Porquê?

Tendo em conta que não sou grande fã de David Fonseca, a pergunta natural e legítima que faz sentido formular é: Porquê um videoclip dele?

Estava eu a passar canais descontraidamente quando, abstraindo-me daquilo que efectivamente estava a ouvir, vi um cenário que me pareceu extremamente familiar. Será que é? Não, não pode ser. Esperei mais um bocadinho, mais uns segundos de luzes irritantes a piscar e… Olha, é mesmo! É, só pode ser. Agora já tinha a certeza que era.

Vejam lá se reconhecem a biblioteca.

quinta-feira, novembro 22, 2007

No comments

Eu não sei o que é mais grotesco, se a reacção da filha, se a reacção da mãe…


quarta-feira, novembro 21, 2007

Gulbenkian: Glinka, Tchaikovsky e Schumann

Durante grande parte do concerto estive atenta a todos os movimentos dos violoncelistas. Há qualquer coisa que me fascina nos movimentos concertados dos arcos. Quase parecem prados de erva alta, ora acariciados por uma brisa suave, ora fustigados por ventos fortes. Estava eu no meio destas divagações quando me lembrei que ainda não tinha feito qualquer referência ao falecimento de um dos grandes violoncelistas do século XX. Aqui fica uma pequenina homenagem.


Mstislav Rostropovich (1927-2007)

segunda-feira, novembro 19, 2007

Control

Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Eu não sei se é sempre assim, mas neste caso é verdade. Mesmo o melhor argumentista, num daqueles momentos de inspiração que acontecem poucas (uma?) vezes na vida, não conseguiria transpor para um texto tudo o que está a ser dito através daquelas sequências de imagens a preto e branco. Os jogos de luz e contraluz, a paisagem urbana. E a música. Sempre a música, como éter envolvente que garante a unidade e consistência de toda a história.

Já há algum tempo que não via um filme que me tocasse, que me fizesse sentir desconfortável na cadeira, por me obrigar a partilhar das angústias que nele são vividas. Sem dúvida um filme a ver novamente.


sexta-feira, novembro 02, 2007

"The Pretender"

Keep you in the dark
You know they all pretend
Keep you in the dark
And so it all began

Send in your skeletons
Sing as their bones go marching in... again
The need you buried deep
The secrets that you keep are ever ready
Are you ready?
I'm finished making sense
Done pleading ignorance
That whole defense

Spinning infinity, boy
The wheel is spinning me
It's never-ending, never-ending
Same old story

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays?
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays?
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

In time or so I’m told
I'm just another soul for sale... oh, well
The page is out of print
We are not permanent
We're temporary, temporary
Same old story

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays?
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays?
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

I'm the voice inside your head
You refuse to hear
I'm the face that you have to face
Mirrored in your stare
I'm what's left, I'm what's right
I'm the enemy
I'm the hand that will take you down
Bring you to your knees

So who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?

Keep you in the dark
You know they all pretend

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays?
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays?
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

What if I say I'm not like the others?
(Keep you in the dark)
What if I say I'm not just another one of your plays?
(You know they all... pretend)
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

What if I say I'm not like the others?
(Keep you in the dark)
What if I say I'm not just another one of your plays?
(You know they all... pretend)
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?

So who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?


E, para quem quiser ouvir:


quinta-feira, novembro 01, 2007

Questões Párcticas (2)

Porque é que a Rússia decidiu investir numa exploração das profundezas marinhas, vizinhas da sua fronteira setentrional, que culminou com a colocação de uma bandeira russa no leito marinho do Pólo Norte?


terça-feira, outubro 30, 2007

domingo, outubro 28, 2007

Questões Párcticas (1) – LOST (Law of the Sea Treaty)

Porque será que os Estados Unidos, sob a égide da administração Bush, tentam agora apressar a ratificação do tratado internacional sobre a Lei do Mar, após 13 anos de recusa, justificada por receios de perda de soberania?

Dicionário Ilustrado

Misticismo:


terça-feira, outubro 09, 2007

Volare

«Apertas o cinto. O avião está a aterrar. Voar é o contrário de viajar: atravessas uma descontinuidade do espaço, desapareces no vácuo, aceitas não estar em parte nenhuma durante uns momentos que são também uma espécie de vácuo no tempo; depois reapareces, num lugar e num instante sem relação com o onde e com o quando em que tinhas desaparecido. Entretanto o que fazes? Como ocupas esta tua ausência em relação ao mundo e do mundo em relação a ti? Lês; não despegas o olho do livro entre um aeroporto e o outro, porque para além da página está o vácuo, o anonimato das escalas aéreas, do útero metálico que te contém e te nutre, da multidão passageira sempre diferente e sempre igual.»

in Se numa noite de Inverno um viajante de Italo Calvino.

sábado, agosto 18, 2007

segunda-feira, junho 18, 2007

Quem disse que a escravatura acabou???

Antes pelo contrário, evoluiu de tal forma que os escravos se sentem livres, livres como passarinhos que só podem voar em círculos dentro da gaiola dourada...


sexta-feira, junho 15, 2007

Está tudo nos genes

Um estudo recente na área da cronobiologia concluiu que, atendendo a determinadas características genéticas, cada pessoa pertence a um de dois grupos: ao das “corujas”, se preferir acordar tarde e deitar-se também tarde; ou ao das “cotovias” se, pelo contrário, tiver tendência para acordar e para dormir cedo. É a velha dicotomia entre as 6 da manhã e as 6 da noite! Para além das diferenças óbvias dos fusos horários do relógio biológico, os resultados também sugerem que as “corujas” são mais produtivas em noitadas de estudo ou de trabalho, enquanto as “cotovias” resistem menos bem à falta de uma boa noite de sono.

Eu tenho uma forte desconfiança sobre qual dos grupos é que faço parte…






domingo, maio 20, 2007

domingo, maio 13, 2007

Teoria do CAOS

“Conclui no próximo número!” No próximo!!! Agora que tudo faz sentido, que as peças do puzzle encaixam umas nas outras!?!? Snifff...

Da mesma forma que os bons concertos ou filmes são aqueles que parece que acabam ao fim de 15 minutos quando afinal já passaram 3 horas, as boas histórias são aquelas que nos deixam agarrados até à última linha da última página e depois de lá chegarmos ainda queremos mais.

De que é que eu estou a falar? C.A.O.S. Livro 2. Este volume vem levantar uma ponta do véu sobre as questões deixadas em aberto no livro anterior, destacando-se, na minha opinião, pelos magníficos pormenores que ajudam a enriquecer a história. O grau de realismo presente nos mais ínfimos pormenores (as informações dos voos são uma preciosidade, mas eu achei o detalhe do autocarro brilhante) torna a história realmente irreal, sendo qualquer semelhança deste universo paralelo com a realidade uma coincidência (bem) programada.

sábado, maio 12, 2007

Geek test

Do alto dos meus 11.64%, o que me valeu um tímido Geekish Tendencies, aqui vos deixo este teste:

i am a geek

(Também há quem o tenha feito por aqui. É ver.)

terça-feira, maio 01, 2007

Contradições ou talvez não

Assim de repente, não me vejo a viver noutra cidade portuguesa que não Lisboa. E, ao mesmo tempo, o que mais gosto na minha rua é conhecer pessoa sim pessoa não.

quarta-feira, abril 25, 2007

Matrix...

"In Markopoulo and Kribs's version of loop quantum gravity, they considered the universe as a giant quantum computer, where each quantum of space is replaced by a bit of quantum information. Their calculations showed that the qubits' resilience would preserve the quantum braids in space-time, explaining how particles could be so long-lived amid the quantum turbulence."

in "Out of the void", Davide Castelvecchi - New Scientist, 12 August 2006

segunda-feira, abril 23, 2007

Euler

No passado dia 7 de Abril comemorou-se o tricentenário do nascimento de Leonhard Euler. Felizmente para a Humanidade, Euler não seguiu os conselhos do pai, que queria que ele se dedicasse à teologia, e tornou-se num dos maiores matemáticos de todos os tempos. O seu trabalho estende-se às mais diversas áreas, nomeadamente à aritmética, à astronomia, à balística, à geometria diferencial, à teoria dos números e à óptica, só para citar algumas.

Euler trabalhava a um ritmo de tal forma elevado que em 1738 cegou do olho direito. Anos mais tarde, em 1771, viria a perder a visão do outro olho, sendo forçado a ditar os seus trabalhos ao filho mais velho. Apesar de poder contar apenas com a sua capacidade de cálculo mental (resolver equações diferenciais mentalmente!?!?!?) para resolver os vários problemas, o último período da sua vida foi o mais profícuo de todos, estando datada desta época mais de metade de toda a sua obra.

É perante factos como este que sinto remorsos por usar a calculadora do telemóvel para dividir a conta do restaurante…

sábado, abril 14, 2007

MP3 e Comunismo



sexta-feira, abril 06, 2007

É difícil chegar a casa e não ir ao You Tube

Alex Fletcher: [singing] Sleeping with a clown above my bed...
Alex Fletcher: "Clown" is not right
Sophie Fisher: That's "cloud." Why would you put a clown in your bed?
Alex Fletcher: It would not be the first time.

Haroldo?

  • África do Sul - Calvin en Hobbes
  • Alemanha - Calvin und Hobbes
  • Argentina - Calvin y Hobbes
  • Austria - Calvin und Hobbes
  • Bélgica - Casper en Hobbes
  • Bielorússia - Kalfin i Gopsya
  • Brasil - Calvin e Haroldo
  • Canadá - Calvin and Hobbes
  • Chile - Calvin y Hobbes
  • Colômbia - Calvin y Hobbes
  • Coreia do Sul - Calbin waah Hombs
  • Dinamarca - Steen & Stoffer
  • Eslovénia - Gasper in Hops
  • Espanha - Calvin & Hobbes
  • Estónia - Calvin ja Hobbes
  • Finlândia - Lassi ja Leevi
  • França - Calvin et Hobbes
  • Holanda - Casper en Hobbes
  • Hungria - Kazmer es Huba
  • India - Calvin aur Hobbes
  • Islândia - Kalli og Hobbi
  • Israel - Calvin veh Hobbes
  • Itália - Calvin & Hobbes
  • Japão - Calvin to Hobbes
  • México - Calvin y Hobbes
  • Noruega - Tommy og Tiger
  • Polónia - Kelvin & Celsjusz
  • Portugal - Calvin & Hobbes
  • Rússia - Kolya i Hobbie
  • Suécia - Kalle och Hobbe
  • Suíça - Calvin and Hobbes
  • Turquia - Calvýn and Hobbes
  • Venezuela - Calvin & Hobbes
Na wikipedia.

quarta-feira, março 28, 2007

Can I use this chair?

Now, seriously, can I use this chair?

Polleria Osvaldo

Já que não fiz qualquer referência ao início do campeonato, aproveito agora a excelente deixa da vitória em Jerez (a primeira após uma travessia no deserto de cinco corridas). Para além das novas cores e do novo patrocinador, a mudança mais radical, e aquela suscitava mais questões, está relacionada com a diminuição da cilindrada (de 990 cc para 800cc), no seguimento da mudança dos regulamentos. Apesar dos maiores receios se terem confirmado (perda de 15Km/h de velocidade em recta, o que compara com uma diminuição de 2Km/h da rival Ducati – para mais detalhes, ver a corrida no circuito de Losail, Qatar) houve uma melhoria significativa da agilidade nas curvas e da capacidade de travagem nos limites. Esta última vitória foi um exemplo disto mesmo.

A par das vitórias, regressaram as grandes comemorações. E esta é uma das mais originais dos últimos tempos.


terça-feira, março 27, 2007

É muito giro mas assim já não tem graça.

Um dos fundadores da Wikipedia, resolveu agora partir para outra e criar o Citizendium que é uma coisa sem graça nenhuma. Sem graça porque é uma Wikipedia em que o poder já não está na rua - o cidadão tem de dar o seu verdadeiro nome e enviar uma biografia de 50 palavras, no mínimo. Depois, o que o cidadão com nome verdadeiro e com biografia de 50 palavras, no mínimo, escrever, será validado (ou não) por um cidadão mais competente, provavelmente com uma biografia maiorzita.

E este trabalho todo porque a Wikipedia não é de fiar, dizem eles. Digo eu que tem erros, sim senhor. Que tem graçolas, sim senhor. Mas tem muita e boa informação. E é a prova irrefutável que as boas pessoas (como eu), as pessoas construtivas (como eu), as pessoas disponíveis para partilhar o seu conhecimento (como, eghr, quando posso, eu) são mais do que pessoas más, chatas e desagradáveis.

"In short, we want to create a responsible community and a good global citizen.", lê-se. Como se a community não fosse responsible e o global citizen não fosse good.

sábado, março 24, 2007

domingo, março 18, 2007

Apocalipse in 5, 4, 3...

De acordo com o Bulletin of the Atomic Scientists’ Doomsday Clock (o relógio do Apocalipse) a humanidade está a cinco minutos do Dia do Juízo Final (representado pela meia-noite). Os membros desta organização (dita não lucrativa e dedicada à segurança, ciência e sobrevivência desde 1945) maioritariamente provenientes do meio académico, consideram que a humanidade se encaminha para a autodestruição, fruto da proliferação de armas nucleares, mas também das alterações climatéricas e de certos avanços científicos que provocam danos irreparáveis à vida no planeta.

Apesar de achar que os critérios para o avanço e recuo dos ponteiros (sim, porque neste caso o tempo pode voltar para trás) serão, no mínimo, discutíveis, o movimento dos ponteiros ao longo dos anos é curioso. Aparentemente, aquando da criação do relógio já nos encontrávamos a menos de 10 minutos do Fim. Ainda que os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki pudessem ter uma perspectiva diferente, na primeira aparição do relógio, na capa da revista da organização, em 1947, o mostrador indicava que faltavam 7 minutos para a destruição total. Este período tempo foi dramaticamente encurtado para 3 minutos quando, em 1949, a União Soviética levou a cabo os seus primeiros testes nucleares. Em 1953, a situação agravou-se ainda mais com os primeiros testes de bombas de hidrogénio, tanto do lado dos americanos como do dos soviéticos. A situação foi considerada de tal forma preocupante que o ponteiro avançou mais um minuto.

Nas décadas seguintes, apesar de alguns altos e baixos, a situação melhorou, pois pareceu tornar-se evidente que os Estados Unidos e a União Soviética não pretendiam envolver-se num confronto directo. Atingiu-se um pico de 12 minutos para a meia-noite, em 1972, após a assinatura de alguns importantes tratados, como o Tratado da Não Proliferação Nuclear (1969), o Tratado Anti Mísseis Balísticos e o Tratado de Limitação de Armas Estratégicas (ambos em 1972).

Em 1981, a invasão soviética do Afeganistão, seguida da polémica nos Jogos Olímpicos de Moscovo, veio despoletar um novo avanço dos ponteiros, que chegaram aos quatro minutos. No entanto, nesta altura ainda não se sabia que o agudizar da situação seria precedido pelo período de maior optimismo e esperança da história deste relógio. Com a queda do muro de Berlim e o desmoronamento do bloco soviético, os guardiães do tempo sentiram-se de tal forma confiantes no futuro que, em 1991, os ponteiros regrediram para um máximo histórico de 17 minutos para a meia-noite.

Porém, nos últimos tempos a situação parece ter piorado novamente. Os problemas entre a Índia e o Paquistão, os ataques terroristas e, mais recentemente, os testes realizados pelo Irão e pela Coreia do Norte levaram a que os ponteiros tenham voltado a avançar, até aos actuais cinco minutos para a meia-noite.

Talvez por não partilhar desta visão apocalíptica e determinística da evolução da Humanidade é que fiquei surpreendida por ver aquelas horas. Sem dúvida que a metáfora do relógio é apelativa e acho que serve inteiramente os propósitos dos seus criadores. Ainda assim, há uma questão que me parece que eles não ponderaram devidamente: quem vai acertar o relógio para a meia-noite, no caso de essa hora chegar?

sábado, março 17, 2007

Triplettes

Triplettes sempre funcionaram bem. Infelizmente, não resistiram muito para além dos anos 40, não se percebe bem porquê. Tornaram-se tão escassos, os triplettes, que a última vez que vi um foi aqui - um filme de animação, pois claro, que isto em carne e osso já não se encontrava. Mas um dia

"Mas um dia - há sempre um dia
Moeda ao ar!
a cara e a coroa
viram a sorte mudar
vamos lá explicar"
Sérgio Godinho, Fado Gago

Mas um dia, dizia eu, aparecem As Irmãs Puppini - The Puppini Sisters, no original - e tudo fica diferente. Os pouco mais de dois minutinhos do Heart of Glass, são suficientes para animar qualquer dia, mesmo um dia de semana.

sexta-feira, março 16, 2007

Cinema, cinema, cinema

O mais viciante dos blogues: Movie Quiz!

P.S.: Obrigada LB!

segunda-feira, março 12, 2007

O que o Público e o Rádio Clube Português têm em comum

Ora, nem mais.

"PS: Confesso que sou bastante relapso a mudanças de hábitos de vida. Mas, quando as coisas mudam, embora esteja habituado a elas e não veja razões para a mudança, forço-me a acreditar que é tudo uma questão de tempo até me habituar. Esperei o tempo devido até me habituar ao novo ‘Público’: não consegui. Tal como vejo a mudança, a linha editorial do jornal foi sacrificada às ideias de um qualquer guru gráfico que, aliás e segundo li, acredita piamente na morte próxima dos jornais. E, acreditando, tratou de abreviar a morte do ‘Público’, transformando-o numa variante dos panfletos publicitários da Moviflor, no mais totalmente descaracterizado, incompreensível e pior. Para agravar a minha tristeza, também o Rádio Clube Português, a única rádio mais ou menos suportável, resolveu suicidar-se em directo, transformando-se numa estação de infatigável diarreia verbal, totalmente infrequentável. Tenho muita, muita pena."

Miguel Sousa Tavares, aqui.

Nos idos 2003, acabou a Nostalgia. É o que faz uma rádio destas cair nas mãos de um grande grupo como a Media Capital, pensei eu, na altura. Mas rapidamente me habituei ao RCP e, face às perspectivas catastróficas, até achei que ficámos bem servidos. Mal sabia eu, quando escrevi este post a 24 de Janeiro, que 5 dias depois ia acabar o RCP e nascer aquela insuportável ladainha. Sem conteúdo, sem interesse e, mal dos males, sem música. "Tenho muita, muita pena."

Segunda-feira

Ia escrever um post sobre a segunda-feira, assim em geral. E como era frequente ter segundas-feiras lixadas. Um pouco na linha do post dos The Mamas and the Papas. Não me arrependi - vou efectivamente escrevê-lo. Contudo, queria fazer duas notas:

1) Os videoclips dos anos 80 eram outra loiça. E apesar de ter vivido quase toda a década, custa-me a visualizar que as pessoas fossem (fôssemos) assim tão diferentes. Às vezes (poucas, muito poucas, que eu sou uma pessoa muito ocupada) ponho-me a ver RTP Memória com programas de meados dos anos 90 e a diferença é abissal. E, no entanto, ninguém diria. Eu não diria, pelo menos.

2) Outra coisa, é que este Manic Monday foi escrito pelo Prince. Não fazia ideia. Enfim, viver é aprender.

sexta-feira, março 09, 2007

Ah, e também saiu a lista da Forbes.

Muito menos interessante do que a informação contida no post anterior, mas vá, as pessoas tiveram trabalho a fazer aquilo, vamos dar-lhes alguma atenção. A lista dos billion dollar babies deste mundo está na rua e conta com quase mil. Self Made Men, em 60% dos casos. O que não deixa de ser curioso. E têm 62 anitos, em média (o mais novo tem 23, o mais velho 98), o que também não me parece mal já que 40 anos para fazer fortuna é até relativamente rápido. Enfim, é ver.

É oficial.

Foi finalmente apurado qual o videoclip mais visto da história da minha vida. É um videoclip de uma boa música, que é. Mas além disso tem o que tinham grande parte dos videoclips da minha VHS de videoclips da MTV - uma históriazinha, que é sempre tão agradável. E, já agora, tinha um elenco de luxo como uma Alicia Silverstone, um Stephen Dorff e um, agora famoso, Josh Holloway.




P.S. Irá também ser apurado qual o post escrito por mim em que aparece mais vezes a palavra videoclip. Mas isso dá mais trabalho; fica para depois.

Sindicalismo

"Nem todos os socialistas são detestados pela direita; assim não correm o risco de assassinato"

Carlos Lourenço, in MUDAR - Movimento de Unidade, Democracia e Acção Reivindicativa - Boletim Informativo dos Bancários do Sul e Ilhas, n.º6 - Fevereiro/Março 2007

segunda-feira, março 05, 2007

Fico ali...

... entre o 760102005 e o 760102009. Não sei que faça.

domingo, março 04, 2007

Subsídios

sábado, março 03, 2007

Adversário vs. Concorrente

Não é fácil entrevistar Paulo Portas. E reconheço que ontem foi difícil. Judite de Sousa bem se esforçou - por uma respostinha directa, por um conteúdo concreto, por mais uva e menos parra. Mas Paulo Portas não estava ali para isso e aguentou 42 minutos dizendo, assim resumidinho, nada. Talvez o que tenha ficado seja "Quero construir um grande partido de centro direita do século XXI. Demorará tempo, levará paciência, implicará esforço. Vou tentar ter esse tempo, paciência e fazer esse esforço". Nada, portanto. Blá, blá, blá. Enfim. Clarificou ainda a sua visão do PSD. Nada de andar cá a dizer que são "adversários". São "concorrentes". Isto, mais uma vez, como se pode ver aqui, é nada.

Vendo bem as coisas, Paulo Portas disse tudo o que queria: nada.

sexta-feira, março 02, 2007

Lá está ele,

o Estado, com o seu característico paternalismo. Deixamos* de poder fumar em restaurantes com menos de 100m2, o que é muita coisa. Talvez 90% dos restaurantes onde vou. Mesmo que todos os que estiverem lá dentro queiram lá saber do fumo. Mesmo que todos sejam fumadores convictos. Não, não se pode fumar e ponto final.

Pois acho mal. A decisão devia ser dos restaurantes. Os que quisessem criavam restaurantes onde era proibido fumar. Os outros davam liberdade aos seus clientes de fumar. E era simples. Haveria restaurantes para todos os gostos, adaptados à sua clientela. E então, a vontade de uns, ou o sentido de protecção(?) de outros, não se sobreporia à liberdade individual.

*Não, eu não fumo (acho que o meu pai lê isto). Mas dizer "Deixamos de poder ir a restaurantes com pessoas que fumam" tirava completamente o ritmo e cansava o leitor na segunda frase, e nós não queremos isso.

Finalmente!

Uma verdadeira amortização do investimento.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

É. Identifico-me. Com ambos.















Peanuts, 1960

sábado, fevereiro 24, 2007

Para além do McBacon

Lembro-me de ter dado numa qualquer aula o jeito que dava o BigMac para analisar a Paridade de Poder de Compra, vulgo PPP. Muito bem - pensei. E pensei que ficávamos por aí. Hoje, na fila para mais um McBacon no McDonald's de Belém, percebo que por trás do balcão estava, nada mais nada menos, do que uma metáfora viva.

Percentagem de trabalhadores, de acordo com a sua cor de pele:












Percentagem de chefes de acordo com a sua cor de pele:

Reflexos condicionados

Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Supermercado.

domingo, fevereiro 18, 2007

Quem mais?

Da colecção "Ditos e Provérbios Familiares"

O queijo é o sabão do estômago.

Primo approccio

In Napoli where love is king
When boy meets girl here's what they say

When the moon hits you eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling, ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool just like a pasta fazool
That's amore
When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli
That's amore

(When the moon hits you eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling, ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool just like a pasta fazool)
That's amore
(When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli)
That's amore
Lucky fella

When the stars make you drool just like a pasta fazool)
That's amore
(When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli)
That's amore, (amore)
That's amore


La Liberté guidant le peuple

O facto de não perceber nada de arte explica porque é que nunca tinha ficado mais de dois segundos a olhar para este quadro. O facto de ser domingo de manhã explica porque é que fiquei uma hora a ver um programa sobre este mesmo quadro. E percebo, agora, que podia ficar horas a observá-lo. Pelo desconforto, pela controvérsia, pela desmistificação, pelo detalhe. Pintado por Delacroix, que viu a revolução a partir de casa. Olhar para os seus 3,25 por 2,60 metros tornou-se um objectivo de vida.
















Eugène Delacroix, 1830

sábado, fevereiro 17, 2007

Sinalização ou Edward Norton

Quando vemos um trailer, enfrentamos um problema de assimetria de informação - quem fez o trailer está mais informado e sabe se o filme é ou não bom. Nós, meros espectadores, vemos o que nos mostram naqueles trinta segundos. Porém, podemos contornar a questão através da sinalização. Sinais de qualidade. Edward Norton é um deles. Se entra, é porque o filme é muito bom ou, nos casos em que seja menos bom, a interpretação é notável, o que vai dar ao mesmo.

Recentemente, brilhante em Down in the Valley, irrepreensível em The Illusionist.

domingo, fevereiro 11, 2007

Em 2007


Inscritos Votantes Abstenções Brancos Nulos
Total Percent. Total Percent. Total Percent. Total Percent.
7020 3115 44,37% 3905 55,63% 43 1,38% 12 0,39%




SIM NÃO
Total 2331 729
Percent. 76.18% 23.82%

Como começar um livro

"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo."

in Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez

Em 1998, por cá, foi assim:

Inscritos 5064

Votantes
Total 1618
Percent. 31,95%

Abstenções
Total 3446
Percent. 68,05%

Brancos
Total 25
Percent. 1,55%

Nulos
Total 2
Percent. 0,12%



SIM NÃO
1151 440
72,3% 27.7%

Para mim, para a Hillary e para o Barack:

Le Président c'est vous.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Fininha e alta

Olhe, foi há coisa de seis, sete anos, que isto agora está tudo diferente. Agora a inspecção já não é assim. Mas, dizia-lhe, há seis, sete anos passei ali na junta de freguesia para ver os editais e vi qual é que era o dia. Eu trabalhava, nessa altura, pois trabalhava, mas tinha tempo livre, sim, tinha tempo livre. E então fui, que eu gostava muito dessas coisas. Fui e pus-me ali, do outro lado da rua, a apreciar o espectáculo. Que eu gostava muito daquelas coisas. Então pus-me ali, de mãos atrás das costas, com o jornal assim

o saco de plástico que trazia na mão era um jornal dobrado em quatro

debaixo do braço, armado em papo seco. Eram mais de quatrocentos mancebos. Quatrocentos, menina. E eu ali, do outro lado da rua, a apreciar o espectáculo. Ocupavam a rua toda, trânsito parado e tudo. Trânsito parado. Pois, então eles eram mais de quatrocentos! Olhe, veio de lá uma menina fininha, fininha, muito fininha. Alta. Metro e setenta e cinco. Fininha

passava a mão no saco enrolado, muito enrolado, muito fininho

e eu estava ali, do outro lado da rua, jornal debaixo do braço

o saco no lugar do jornal dobrado em quatro

armado em papo-seco. Então ela veio, fininha, com uns bracinhos assim, muito fininha e aproximou-se. Era muito fininha mas trazia as patentes. Tenente, menina, era tenente, não era uma coisa qualquer. Pois claro, tinha estudos, certamente. Aproximou-se e fez assim com o bracinho (só com um bracinho, o outro nem foi preciso mexer) nem foi preciso falar, fininha, fininha e alta, mais alta que eu. E, olhe menina, nasceu para aquilo. Encostaram-se todos à parede, mais de quatrocentos, que eu estou habituado a contar, sem gritos, sem uma palavra, só com o bracinho. Nasceu para aquilo, é o que é. Olhe menina, vou às compras.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O melhor das eleições,

ou mesmo dos referendos, são os tempos de antena. Pérolas.

terça-feira, janeiro 30, 2007

domingo, janeiro 28, 2007

Fed Express


Tendo em conta que a vitória nunca esteve realmente em jogo, o que é verdadeiramente espectacular, já que (acreditando naquilo que os comentadores disseram) não se repetia desde 1980, com Björn Borg em Roland Garros, é o facto de ser uma vitória perfeitamente imaculada, sem um único set perdido.

Competir com Deus

1º Passo: Feche a sua mão direita, mas não completamente, como se estivesse a segurar um objecto invisível de forma cilíndrica.

2º Passo: Cubra a mão com um pedaço de plasticina, com o formato e a espessura de um lenço.

3º Passo: Com o dedo indicador da mão esquerda introduza uma parte da plasticina no cilindro vazio criado pela mão direita.

4º Passo: Continue a empurrar a plasticina até que a parte pressionada pelo dedo se separe do resto.

5º Passo: Imagine que o pedaço de plasticina que inicialmente é pressionado pelo dedo (e que acaba por se separar do resto) é uma bolha de falso vácuo.

6º Passo: PARABÉNS! Acabou de criar um universo bebé!

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Tenho uma ligeira impressão...

... que fui eu que fiz a nova playlist do Rádio Clube Português. Só que não me lembro.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Felizmente, algures entre o acaso e o mistério está a imaginação.


Luis Buñuel

segunda-feira, janeiro 22, 2007

O Poder do Inconsciente ou The Mamas & the Papas

Há cerca de três dias que o Monday, Monday não me sai da cabeça. Em particular, estes versos que tão bem reproduzo:

" Monday, Monday, can't trust that day
Monday, Monday, sometimes it just turns out that way
Oh Monday mornin' you gave me no warnin' of what was to be..."

domingo, janeiro 21, 2007

Já que estamos numa de testes...

Apesar de começar a achar que a memória já começa a ser um tema recorrente, aqui está outro post dedicado a este assunto, fruto da minha crescente preocupação com uma aparente senilidade galopante.

Foi um bocadinho por acaso que encontrei este site. Depois de ter experimentado alguns dos testes, aconselho todos aqueles que gostam de explorar os enigmáticos caminhos da mente a experimentarem também. Eu, que sempre achei que podia confiar na minha memória visual, vim a descobrir que afinal não é bem assim. Claro que os resultados dos testes são meramente indicativos e há várias formas de aperfeiçoar e exercitar a memória, em especial a memória visual…

Pois…

sábado, janeiro 20, 2007

Matemática ou a minha história recente

"... mathematics is very much like poetry... What makes a good poem - a great poem - is that there is a large amount of thought expressed in very few words. In this sense, formulas like






are poems."


Lipman Bers citado em Real Analysis With Economic Aplications, Efe A. Ok

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Formiga Bossa Nova

Ler coisas como esta aborrece-me. Aborrece-me, aborrece-me e aborrece-me. Pondo-me do outro lado, consigo pensar em alguns bons argumentos que João César das Neves poderia usar, mas não. Prefere assim. Deve achar mais engraçado - se der alguns tiros no pé a coisa fica mais emocionante.

Pequenos excertos:

1. Noutros países, a liberalização conduziu a um «aumento generalizado do número de abortos», segundo estatísticas do Eurostat;

2. Este fenómeno «tem um paralelo económico»: a chegada de um produto novo ao mercado. Tal como aconteceu com os telemóveis, João César das Neves prevê que exista um aumento exponencial do número de abortos, como com os telemóveis adquiridos pelos portugueses;

3. Muitos médicos que aleguem objecção da consciência para não realizar a intervenção serão prejudicados. Quando questionado sobre a origem destas informações, João César das Neves disse que chegou a esta conclusão «pensando». (as aspas são da notícia, não minhas)

Ora bem:

1. Eu podia dizer que comparar estatísticas de uma actividade até certa altura ilegal, e por isso, por muito estimada que seja, sempre incorrecta, com estatísticas pós-liberalização é, no mínimo, absurdo.

2. E podia ainda enunciar as diferenças entre os dois «produtos» - telemóveis e abortos.

3. E podia, finalmente, interrogar-me sobre o que quererá dizer JCN com «prejudicados» e, «pensando», chegar a algumas conclusões.

Podia, "se não fora não querer".

Jogos nos antípodas

Tendo em conta o passado recente, não se pode dizer que seja propriamente uma surpresa. Aliás, este tipo de resultados já começa a ser natural, ou mesmo expectável. Ainda assim, para mim continua a ser um bocadinho estranho ver um antigo nº1 do mundo a perder na segunda ronda de um torneio do Grand Slam e face a um jogador que ocupa o 102º lugar no ranking e que está a participar no seu primeiro Australian Open.

Há outro ex-nº1 do mundo que também anda um bocadinho tremido, a ganhar os jogos no quinto set, contra adversários teoricamente bastante acessíveis. Porém, espero vivamente que recupere a sua garra característica a tempo de mandar o Roddick para casa mais cedo.


P.S.: Caríssima Ana Gouveia, um pedido de desculpas formal pelo atraso.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Os Sete Magníficos

Para irem treinando. O importante é termos tranquilidade porque, se jogarmos com tranquilidade, a vitória será nossa com tranquilidade.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Acerca das filosofias de vida

"Em Portugal, como todos os portugueses sabem, é muito raro conseguir seja o que for. Em contrapartida, tudo se arranja. O arranjar é hoje a versão portuguesa do conseguir. É verdade que "Quem espera, sempre alcança", mas, como ninguém está para esperar, em vez de alcançar o que se quer, arranja-se outra coisa qualquer."

Miguel Esteves Cardoso em A Causa das Coisas, Dezembro 1986

domingo, janeiro 14, 2007

E assim nasceu a moeda

É fácil. Mistura-se muito bem convertibilidade com uma porção confiança e voilá.

sábado, janeiro 13, 2007

Australian Open

Começa já na próxima semana o primeiro Grand Slam de 2007. Apesar de ainda não terem começado os jogos do quadro principal, este torneio já é notícia há alguns dias. Talvez a desistência da vencedora do ano passado na categoria de singulares femininos tenha contribuído decisivamente para esse facto.

Ontem foi divulgada a grelha dos encontros que se vão realizar na primeira ronda e, ao contrário daquilo que aconteceu nos últimos dois Grand Slams do ano passado, não me parece que o Federer tenha pela frente um percurso muito atribulado. Se das outras vezes o resultado foi o que se viu, acho que desta vez volta a existir uma forte probabilidade de que daqui a duas semanas seja a véspera de uma final entre ele e o sobrevivente da segunda metade do quadro.

Frutalmeidas

Provavelmente, a melhor tarte de maçã do mundo.

Imagens do ano segundo o El Mundo ou o post típico de quem tem coisas para fazer mas não lhe apetece muito

Podem ser vistas aqui. A minha escolha:

sexta-feira, janeiro 12, 2007

quinta-feira, janeiro 11, 2007

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Ouro sobre azul (com o desfasamento que me caracteriza)

Porque nós somos filhos de Alcântara!

E fomos ao Porto ganhar!

Eles ficaram muito tristes

e nós voltámos a cantar!



(e dia 21, em casa, com o Santa Clara)

Estou numa de quiz...

...por isso, aqui vai: Quem disse o quê? (Não é fácil, meus amigos, não é fácil.)

Manuel Maria,

Já é um primeiro passo.

Excuse-moi?

"O primeiro caderno interessará, em primeiro lugar, aos homens. Tradicionalmente, o formato de jornal identifica-se com o público masculino. E os temas também: política, economia, opinião."

José António Saraiva, no seu último livro, sobre o caderno principal do Sol.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Monday, monday

Confesso que já estava com saudades. “Vá, vamos! Um, dois, três… são trinta! Agora a outra perna, para quem tem duas! Vamos lá, vamos lá” Tendo em conta o meu registo histórico, eu sei que pode parecer um bocadinho contraditório. E talvez seja. Ou talvez as lamúrias que se seguem a cada uma das aulas sejam apenas um elemento indispensável ao desenrolar dos acontecimentos.

Após a pausa tradicional, o regresso foi bastante mais positivo do que o antecipado. No entanto, as expectativas quanto a uma renovação da discografia foram defraudadas. Apesar de nunca ter ouvido uma versão do “I will survive” com castanholas à mistura (!?), verificou-se a existência de um forte processo autoregressivo, a tender para o passeio aleatório…

segunda-feira, janeiro 08, 2007

domingo, janeiro 07, 2007

Um verdadeiro SunDay (até às 17.30, é certo, porque não se pode pedir muito do Inverno)

"Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!"


Toda a gente - Da Weasel

Quanto mais me bates mais eu gosto de ti

Ela estava a dormitar ao sol quando ele passou, no seu passeio habitual de final de tarde. Ainda antes de ela o ter visto já ele aclarava a garganta para lhe fazer juras de amor eterno. Porém, ela não estava para aí virada e resolveu ignorá-lo. Ele, dominado pela tal “eloquência do amor”, resolveu insistir, usando todo o seu latim para a convencer. Tão concentrado estava na sua declaração que não se apercebeu da perigosa proximidade em relação à sua esquiva amada. Ao sentir que a sua privacidade tinha sido invadida e não se deixando comover nem um pouco pelo discurso emocionado daquele pinga-amor, ela decide passar das palavras aos actos. O que se seguiu não foi uma cena bonita de se ver, com arranhões e dentadas pelo meio. Tanta confusão atraiu os curiosos das redondezas, o que levou a que o improvável casal se apartasse, seguindo cada um para seu lado. Ela, que tinha ficado bastante irritada por ter sido interrompido o seu sono de beleza, esperava ter sido suficientemente clara ao manifestar a sua vontade de que aqueles encontros não se repetissem. No entanto, e ao que dizem o amor tem destas coisas, apesar de ter o focinho todo arranhado, ele não desistiu e naquela mesma noite voltou para lhe fazer uma serenata, miando a plenos pulmões, à espera de conseguir ver nem que fosse a ponta dos bigodes da sua amada. Enfim, é Janeiro...

sábado, janeiro 06, 2007

Doçaria algarvia ou como passar um quarto de século a mentir

Dizia eu, já mesmo este ano, que não gostava de doces algarvios - vinham-me sempre à memória as frutas de amêndoa e era infindável a quantidade de adjectivos injuriosos que colocava a seguir. Nada mudou, quanto aos adjectivos aplicados às ditas frutas. Porém, e aqui reside toda a diferença, a minha fraca experiência na degustação de doçaria tradicional (amplamente compensada pela pequena gourmet que sou no que a queijos/enchidos/fumados diz respeito) não me tinha ainda proporcionado estes voos. Os D. Rodrigo são, como direi, talvez excepcionais. Não, não, é pouco - soberbos ficará mais próximo. É dos doces mais incríveis que comi: a dose certa, o açúcar certo (muuuito, portanto), a textura certa. As maravilhas que se podem fazer com ovos, amêndoas e canela.

P.S: Fui informada de que comi o melhor D. Rodrigo do mundo (pastelaria Arco-Íris, em Albufeira). Acredito piamente.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Nevoeiro

Eu gosto muito de manhãs de nevoeiro. Talvez o mito “bandarrista” da chegada do Desejado numa dessas manhãs contribua para este facto. Há uma imagem em particular da qual nunca me canso, mesmo que se repita todos os dias, como se tem verificado esta semana, e pela qual vale a pena desviar os olhos do livro. A ponte parece estar suspensa nas nuvens, unindo margens de tal forma distantes que nem nos apercebemos onde começam, se é que começam…


quinta-feira, janeiro 04, 2007

Mensagem de ano novo

Emitida em abertura de telejornal, como podem verificar pela data de publicação do post.

Elis Regina - O Bêbado e a Equilibrista

"(...) a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar.
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar..."

João Bosco e Aldir blanc

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Coincidência (?)

Um destes dias, quando regressava a casa, estava a brincar distraidamente com o marcador do livro que vinha a ler quando me apercebi de uma coincidência curiosa – o marcador fazia alusão a uma conhecida obra de Dalí, a Persistência da Memória, e o livro intitulava-se Memória de Elefante.

O que será que me esqueci desta vez? Ou, o que é que me esqueço de não lembrar?

terça-feira, janeiro 02, 2007

Casino Lisboa Rocks!

Grande noite, a do último dia do ano. Dynamite, para aquecer (e aqueceram), Nilton (com vontade de estar noutro lado qualquer) e Pedro Abrunhosa, já no novo ano, com nota máxima. Em 17 (dezassete) palavras: Drag Queens, músicas em uníssono, rebarbadoras, tule cor-de-rosa, asas pelos ares e muita, muita dança.