quarta-feira, março 28, 2007

Can I use this chair?

Now, seriously, can I use this chair?

Polleria Osvaldo

Já que não fiz qualquer referência ao início do campeonato, aproveito agora a excelente deixa da vitória em Jerez (a primeira após uma travessia no deserto de cinco corridas). Para além das novas cores e do novo patrocinador, a mudança mais radical, e aquela suscitava mais questões, está relacionada com a diminuição da cilindrada (de 990 cc para 800cc), no seguimento da mudança dos regulamentos. Apesar dos maiores receios se terem confirmado (perda de 15Km/h de velocidade em recta, o que compara com uma diminuição de 2Km/h da rival Ducati – para mais detalhes, ver a corrida no circuito de Losail, Qatar) houve uma melhoria significativa da agilidade nas curvas e da capacidade de travagem nos limites. Esta última vitória foi um exemplo disto mesmo.

A par das vitórias, regressaram as grandes comemorações. E esta é uma das mais originais dos últimos tempos.


terça-feira, março 27, 2007

É muito giro mas assim já não tem graça.

Um dos fundadores da Wikipedia, resolveu agora partir para outra e criar o Citizendium que é uma coisa sem graça nenhuma. Sem graça porque é uma Wikipedia em que o poder já não está na rua - o cidadão tem de dar o seu verdadeiro nome e enviar uma biografia de 50 palavras, no mínimo. Depois, o que o cidadão com nome verdadeiro e com biografia de 50 palavras, no mínimo, escrever, será validado (ou não) por um cidadão mais competente, provavelmente com uma biografia maiorzita.

E este trabalho todo porque a Wikipedia não é de fiar, dizem eles. Digo eu que tem erros, sim senhor. Que tem graçolas, sim senhor. Mas tem muita e boa informação. E é a prova irrefutável que as boas pessoas (como eu), as pessoas construtivas (como eu), as pessoas disponíveis para partilhar o seu conhecimento (como, eghr, quando posso, eu) são mais do que pessoas más, chatas e desagradáveis.

"In short, we want to create a responsible community and a good global citizen.", lê-se. Como se a community não fosse responsible e o global citizen não fosse good.

sábado, março 24, 2007

domingo, março 18, 2007

Apocalipse in 5, 4, 3...

De acordo com o Bulletin of the Atomic Scientists’ Doomsday Clock (o relógio do Apocalipse) a humanidade está a cinco minutos do Dia do Juízo Final (representado pela meia-noite). Os membros desta organização (dita não lucrativa e dedicada à segurança, ciência e sobrevivência desde 1945) maioritariamente provenientes do meio académico, consideram que a humanidade se encaminha para a autodestruição, fruto da proliferação de armas nucleares, mas também das alterações climatéricas e de certos avanços científicos que provocam danos irreparáveis à vida no planeta.

Apesar de achar que os critérios para o avanço e recuo dos ponteiros (sim, porque neste caso o tempo pode voltar para trás) serão, no mínimo, discutíveis, o movimento dos ponteiros ao longo dos anos é curioso. Aparentemente, aquando da criação do relógio já nos encontrávamos a menos de 10 minutos do Fim. Ainda que os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki pudessem ter uma perspectiva diferente, na primeira aparição do relógio, na capa da revista da organização, em 1947, o mostrador indicava que faltavam 7 minutos para a destruição total. Este período tempo foi dramaticamente encurtado para 3 minutos quando, em 1949, a União Soviética levou a cabo os seus primeiros testes nucleares. Em 1953, a situação agravou-se ainda mais com os primeiros testes de bombas de hidrogénio, tanto do lado dos americanos como do dos soviéticos. A situação foi considerada de tal forma preocupante que o ponteiro avançou mais um minuto.

Nas décadas seguintes, apesar de alguns altos e baixos, a situação melhorou, pois pareceu tornar-se evidente que os Estados Unidos e a União Soviética não pretendiam envolver-se num confronto directo. Atingiu-se um pico de 12 minutos para a meia-noite, em 1972, após a assinatura de alguns importantes tratados, como o Tratado da Não Proliferação Nuclear (1969), o Tratado Anti Mísseis Balísticos e o Tratado de Limitação de Armas Estratégicas (ambos em 1972).

Em 1981, a invasão soviética do Afeganistão, seguida da polémica nos Jogos Olímpicos de Moscovo, veio despoletar um novo avanço dos ponteiros, que chegaram aos quatro minutos. No entanto, nesta altura ainda não se sabia que o agudizar da situação seria precedido pelo período de maior optimismo e esperança da história deste relógio. Com a queda do muro de Berlim e o desmoronamento do bloco soviético, os guardiães do tempo sentiram-se de tal forma confiantes no futuro que, em 1991, os ponteiros regrediram para um máximo histórico de 17 minutos para a meia-noite.

Porém, nos últimos tempos a situação parece ter piorado novamente. Os problemas entre a Índia e o Paquistão, os ataques terroristas e, mais recentemente, os testes realizados pelo Irão e pela Coreia do Norte levaram a que os ponteiros tenham voltado a avançar, até aos actuais cinco minutos para a meia-noite.

Talvez por não partilhar desta visão apocalíptica e determinística da evolução da Humanidade é que fiquei surpreendida por ver aquelas horas. Sem dúvida que a metáfora do relógio é apelativa e acho que serve inteiramente os propósitos dos seus criadores. Ainda assim, há uma questão que me parece que eles não ponderaram devidamente: quem vai acertar o relógio para a meia-noite, no caso de essa hora chegar?

sábado, março 17, 2007

Triplettes

Triplettes sempre funcionaram bem. Infelizmente, não resistiram muito para além dos anos 40, não se percebe bem porquê. Tornaram-se tão escassos, os triplettes, que a última vez que vi um foi aqui - um filme de animação, pois claro, que isto em carne e osso já não se encontrava. Mas um dia

"Mas um dia - há sempre um dia
Moeda ao ar!
a cara e a coroa
viram a sorte mudar
vamos lá explicar"
Sérgio Godinho, Fado Gago

Mas um dia, dizia eu, aparecem As Irmãs Puppini - The Puppini Sisters, no original - e tudo fica diferente. Os pouco mais de dois minutinhos do Heart of Glass, são suficientes para animar qualquer dia, mesmo um dia de semana.

sexta-feira, março 16, 2007

Cinema, cinema, cinema

O mais viciante dos blogues: Movie Quiz!

P.S.: Obrigada LB!

segunda-feira, março 12, 2007

O que o Público e o Rádio Clube Português têm em comum

Ora, nem mais.

"PS: Confesso que sou bastante relapso a mudanças de hábitos de vida. Mas, quando as coisas mudam, embora esteja habituado a elas e não veja razões para a mudança, forço-me a acreditar que é tudo uma questão de tempo até me habituar. Esperei o tempo devido até me habituar ao novo ‘Público’: não consegui. Tal como vejo a mudança, a linha editorial do jornal foi sacrificada às ideias de um qualquer guru gráfico que, aliás e segundo li, acredita piamente na morte próxima dos jornais. E, acreditando, tratou de abreviar a morte do ‘Público’, transformando-o numa variante dos panfletos publicitários da Moviflor, no mais totalmente descaracterizado, incompreensível e pior. Para agravar a minha tristeza, também o Rádio Clube Português, a única rádio mais ou menos suportável, resolveu suicidar-se em directo, transformando-se numa estação de infatigável diarreia verbal, totalmente infrequentável. Tenho muita, muita pena."

Miguel Sousa Tavares, aqui.

Nos idos 2003, acabou a Nostalgia. É o que faz uma rádio destas cair nas mãos de um grande grupo como a Media Capital, pensei eu, na altura. Mas rapidamente me habituei ao RCP e, face às perspectivas catastróficas, até achei que ficámos bem servidos. Mal sabia eu, quando escrevi este post a 24 de Janeiro, que 5 dias depois ia acabar o RCP e nascer aquela insuportável ladainha. Sem conteúdo, sem interesse e, mal dos males, sem música. "Tenho muita, muita pena."

Segunda-feira

Ia escrever um post sobre a segunda-feira, assim em geral. E como era frequente ter segundas-feiras lixadas. Um pouco na linha do post dos The Mamas and the Papas. Não me arrependi - vou efectivamente escrevê-lo. Contudo, queria fazer duas notas:

1) Os videoclips dos anos 80 eram outra loiça. E apesar de ter vivido quase toda a década, custa-me a visualizar que as pessoas fossem (fôssemos) assim tão diferentes. Às vezes (poucas, muito poucas, que eu sou uma pessoa muito ocupada) ponho-me a ver RTP Memória com programas de meados dos anos 90 e a diferença é abissal. E, no entanto, ninguém diria. Eu não diria, pelo menos.

2) Outra coisa, é que este Manic Monday foi escrito pelo Prince. Não fazia ideia. Enfim, viver é aprender.

sexta-feira, março 09, 2007

Ah, e também saiu a lista da Forbes.

Muito menos interessante do que a informação contida no post anterior, mas vá, as pessoas tiveram trabalho a fazer aquilo, vamos dar-lhes alguma atenção. A lista dos billion dollar babies deste mundo está na rua e conta com quase mil. Self Made Men, em 60% dos casos. O que não deixa de ser curioso. E têm 62 anitos, em média (o mais novo tem 23, o mais velho 98), o que também não me parece mal já que 40 anos para fazer fortuna é até relativamente rápido. Enfim, é ver.

É oficial.

Foi finalmente apurado qual o videoclip mais visto da história da minha vida. É um videoclip de uma boa música, que é. Mas além disso tem o que tinham grande parte dos videoclips da minha VHS de videoclips da MTV - uma históriazinha, que é sempre tão agradável. E, já agora, tinha um elenco de luxo como uma Alicia Silverstone, um Stephen Dorff e um, agora famoso, Josh Holloway.




P.S. Irá também ser apurado qual o post escrito por mim em que aparece mais vezes a palavra videoclip. Mas isso dá mais trabalho; fica para depois.

Sindicalismo

"Nem todos os socialistas são detestados pela direita; assim não correm o risco de assassinato"

Carlos Lourenço, in MUDAR - Movimento de Unidade, Democracia e Acção Reivindicativa - Boletim Informativo dos Bancários do Sul e Ilhas, n.º6 - Fevereiro/Março 2007

segunda-feira, março 05, 2007

Fico ali...

... entre o 760102005 e o 760102009. Não sei que faça.

domingo, março 04, 2007

Subsídios

sábado, março 03, 2007

Adversário vs. Concorrente

Não é fácil entrevistar Paulo Portas. E reconheço que ontem foi difícil. Judite de Sousa bem se esforçou - por uma respostinha directa, por um conteúdo concreto, por mais uva e menos parra. Mas Paulo Portas não estava ali para isso e aguentou 42 minutos dizendo, assim resumidinho, nada. Talvez o que tenha ficado seja "Quero construir um grande partido de centro direita do século XXI. Demorará tempo, levará paciência, implicará esforço. Vou tentar ter esse tempo, paciência e fazer esse esforço". Nada, portanto. Blá, blá, blá. Enfim. Clarificou ainda a sua visão do PSD. Nada de andar cá a dizer que são "adversários". São "concorrentes". Isto, mais uma vez, como se pode ver aqui, é nada.

Vendo bem as coisas, Paulo Portas disse tudo o que queria: nada.

sexta-feira, março 02, 2007

Lá está ele,

o Estado, com o seu característico paternalismo. Deixamos* de poder fumar em restaurantes com menos de 100m2, o que é muita coisa. Talvez 90% dos restaurantes onde vou. Mesmo que todos os que estiverem lá dentro queiram lá saber do fumo. Mesmo que todos sejam fumadores convictos. Não, não se pode fumar e ponto final.

Pois acho mal. A decisão devia ser dos restaurantes. Os que quisessem criavam restaurantes onde era proibido fumar. Os outros davam liberdade aos seus clientes de fumar. E era simples. Haveria restaurantes para todos os gostos, adaptados à sua clientela. E então, a vontade de uns, ou o sentido de protecção(?) de outros, não se sobreporia à liberdade individual.

*Não, eu não fumo (acho que o meu pai lê isto). Mas dizer "Deixamos de poder ir a restaurantes com pessoas que fumam" tirava completamente o ritmo e cansava o leitor na segunda frase, e nós não queremos isso.

Finalmente!

Uma verdadeira amortização do investimento.