quarta-feira, fevereiro 28, 2007

É. Identifico-me. Com ambos.















Peanuts, 1960

sábado, fevereiro 24, 2007

Para além do McBacon

Lembro-me de ter dado numa qualquer aula o jeito que dava o BigMac para analisar a Paridade de Poder de Compra, vulgo PPP. Muito bem - pensei. E pensei que ficávamos por aí. Hoje, na fila para mais um McBacon no McDonald's de Belém, percebo que por trás do balcão estava, nada mais nada menos, do que uma metáfora viva.

Percentagem de trabalhadores, de acordo com a sua cor de pele:












Percentagem de chefes de acordo com a sua cor de pele:

Reflexos condicionados

Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Iogurte de coco -> Praia -> Casa -> Comida (boa, muito boa) -> Fome -> Supermercado.

domingo, fevereiro 18, 2007

Quem mais?

Da colecção "Ditos e Provérbios Familiares"

O queijo é o sabão do estômago.

Primo approccio

In Napoli where love is king
When boy meets girl here's what they say

When the moon hits you eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling, ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool just like a pasta fazool
That's amore
When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli
That's amore

(When the moon hits you eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling, ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool just like a pasta fazool)
That's amore
(When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli)
That's amore
Lucky fella

When the stars make you drool just like a pasta fazool)
That's amore
(When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli)
That's amore, (amore)
That's amore


La Liberté guidant le peuple

O facto de não perceber nada de arte explica porque é que nunca tinha ficado mais de dois segundos a olhar para este quadro. O facto de ser domingo de manhã explica porque é que fiquei uma hora a ver um programa sobre este mesmo quadro. E percebo, agora, que podia ficar horas a observá-lo. Pelo desconforto, pela controvérsia, pela desmistificação, pelo detalhe. Pintado por Delacroix, que viu a revolução a partir de casa. Olhar para os seus 3,25 por 2,60 metros tornou-se um objectivo de vida.
















Eugène Delacroix, 1830

sábado, fevereiro 17, 2007

Sinalização ou Edward Norton

Quando vemos um trailer, enfrentamos um problema de assimetria de informação - quem fez o trailer está mais informado e sabe se o filme é ou não bom. Nós, meros espectadores, vemos o que nos mostram naqueles trinta segundos. Porém, podemos contornar a questão através da sinalização. Sinais de qualidade. Edward Norton é um deles. Se entra, é porque o filme é muito bom ou, nos casos em que seja menos bom, a interpretação é notável, o que vai dar ao mesmo.

Recentemente, brilhante em Down in the Valley, irrepreensível em The Illusionist.

domingo, fevereiro 11, 2007

Em 2007


Inscritos Votantes Abstenções Brancos Nulos
Total Percent. Total Percent. Total Percent. Total Percent.
7020 3115 44,37% 3905 55,63% 43 1,38% 12 0,39%




SIM NÃO
Total 2331 729
Percent. 76.18% 23.82%

Como começar um livro

"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo."

in Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez

Em 1998, por cá, foi assim:

Inscritos 5064

Votantes
Total 1618
Percent. 31,95%

Abstenções
Total 3446
Percent. 68,05%

Brancos
Total 25
Percent. 1,55%

Nulos
Total 2
Percent. 0,12%



SIM NÃO
1151 440
72,3% 27.7%

Para mim, para a Hillary e para o Barack:

Le Président c'est vous.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Fininha e alta

Olhe, foi há coisa de seis, sete anos, que isto agora está tudo diferente. Agora a inspecção já não é assim. Mas, dizia-lhe, há seis, sete anos passei ali na junta de freguesia para ver os editais e vi qual é que era o dia. Eu trabalhava, nessa altura, pois trabalhava, mas tinha tempo livre, sim, tinha tempo livre. E então fui, que eu gostava muito dessas coisas. Fui e pus-me ali, do outro lado da rua, a apreciar o espectáculo. Que eu gostava muito daquelas coisas. Então pus-me ali, de mãos atrás das costas, com o jornal assim

o saco de plástico que trazia na mão era um jornal dobrado em quatro

debaixo do braço, armado em papo seco. Eram mais de quatrocentos mancebos. Quatrocentos, menina. E eu ali, do outro lado da rua, a apreciar o espectáculo. Ocupavam a rua toda, trânsito parado e tudo. Trânsito parado. Pois, então eles eram mais de quatrocentos! Olhe, veio de lá uma menina fininha, fininha, muito fininha. Alta. Metro e setenta e cinco. Fininha

passava a mão no saco enrolado, muito enrolado, muito fininho

e eu estava ali, do outro lado da rua, jornal debaixo do braço

o saco no lugar do jornal dobrado em quatro

armado em papo-seco. Então ela veio, fininha, com uns bracinhos assim, muito fininha e aproximou-se. Era muito fininha mas trazia as patentes. Tenente, menina, era tenente, não era uma coisa qualquer. Pois claro, tinha estudos, certamente. Aproximou-se e fez assim com o bracinho (só com um bracinho, o outro nem foi preciso mexer) nem foi preciso falar, fininha, fininha e alta, mais alta que eu. E, olhe menina, nasceu para aquilo. Encostaram-se todos à parede, mais de quatrocentos, que eu estou habituado a contar, sem gritos, sem uma palavra, só com o bracinho. Nasceu para aquilo, é o que é. Olhe menina, vou às compras.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O melhor das eleições,

ou mesmo dos referendos, são os tempos de antena. Pérolas.