quarta-feira, novembro 29, 2006

Bola de neve

Não só há pessoas que se dedicam a invenções absolutamente inúteis, como há quem escreva sobre pessoas que fazem invenções absolutamente inúteis e, mal dos males, há quem escreva posts sobre pessoas que escrevem sobre pessoas que fazem invenções absolutamente inúteis.

terça-feira, novembro 28, 2006

Caso pertença ao grupo de pessoas (restrito) que gostaria de ser um título de livro, continue a ler

Se eu fosse um título de livro, gostaria de ser um dos fabulosos títulos do António Lobo Antunes. E, se além de poder escolher o autor, pudesse escolher a obra, seria um destes três: Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000), Que farei quando tudo arde (2001), Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo (2003).

segunda-feira, novembro 27, 2006

No dia da estreia, claro.




















E gostei. Gostei muito de termos um double 0 recém promovido, ainda sem bebida preferida, desajeitado e frio. Um grande James Bond - louro, é certo, mas ainda assim grandioso.

domingo, novembro 26, 2006

From London with love

Excluindo a comida e as dores nas pernas e nos pés (que, certamente, foram motivadas pelo facto de eu estar imbuída do espírito da maratona de Londres…), ficam apenas boas memórias. Memórias do Turner, do Dalí, dos quinhentos e qualquer coisa degraus para chegar ao topo da St. Paul’s Cathedral e da vista que de lá é possível apreciar, das múmias, das estátuas egípcias, gregas e romanas, das jóias da coroa, dos parques, do ranger da porta da casa do Sherlock Holmes e da agradável conversa com o Dr. Watson, da imponência da Trafalgar Square, do incontornável Big Ben, dos vitrais na Westminster Abbey, dos chás, das lojas em Covent Garden…

Aqui ficam algumas imagens desses quatro dias fantásticos:








quarta-feira, novembro 22, 2006

À la Fallaci

Grande entrevista, a de José Fialho Gouveia, esta semana no Sol. Entrevistado: José Saramago. Assunto: "Os livros não entram nesta entrevista".

Post muito atrasado mas ainda assim pleno de significado e pertinência - Concerto do Chico

Foi um concerto muito especial. Uma sensação estranha estar a vê-lo, ao vivo, quando já não pensava que fosse possível. Ouvi dizer que passou a gostar de dar concertos. Espero que isso signifique que volta mais vezes. Muitas.

domingo, novembro 05, 2006

I feel like a mouse and you act like a cat

Na minha modesta opinião, o exemplo é totalmente explicativo. Ainda assim, devo dizer que a minha opinião é enviesada - essa é simplesmente a minha música favorita (talvez a par com "Since I've Been Loving You"; confesso que tenho sempre algumas dúvidas nestas coisas de "a" música favorita).

Não querendo entrar nas polémicas sobre o aparecimento da dita música (nem sobre as várias versões), aqui está uma alternativa (com a vantagem, do meu ponto de vista, de o ramalhete estar mais composto, com o Robert Plant e com o John Bonham).

BD

Os meus conhecimentos de histórias aos quadradinhos não vão muito mais além dos clássicos Astérix e Tintim e da indispensável tira do Calvin and Hobbes no Público. De certa forma, a minha noção da BD ficou marcada por estas leituras, estando inextricavelmente ligada ao universo infantil, em especial ao nível das ilustrações.

Talvez por isso é que foi tão interessante e surpreendente ler BD para “gente crescida”. A minha estreia foi apadrinhada pelo C.A.O.S., no qual, de vinheta em vinheta, se sucedem cenas de acção e suspense, envoltas num clima de mistério. Contrariando a tendência, na minha opinião um pouco provinciana, de procurar unicamente fontes de inspiração além fronteiras, a acção deste livro desenrola-se num ambiente inspirado por episódios da história recente portuguesa, mas em que “qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência”.

Depois de ler os dois primeiros episódios fiquei com a sensação de que apenas foi levantada uma ponta do véu e estou particularmente curiosa sobre o que estará reservado para o Boris. Portanto, aqui fica um pedido: Srs. Autores apressem-se a publicar o terceiro episódio!

quarta-feira, novembro 01, 2006

Interrupção Voluntária da Gravidez

Há religiões que se opõe a transfusões de sangue e operações cirúrgicas, mesmo que para salvar uma vida. Quanto a isto queria dizer 3 (três) coisas:

Uma, é que nunca vi nenhuma mobilização social pelo facto de estes contribuintes pagarem as transfusões e operações dos restantes contribuintes, mesmo que os primeiros as considerem moralmente condenáveis.

Outra, e seguindo na linha da moralidade, esses primeiros contribuintes não procuram impor a sua moral aos outros (pelo menos não mais do que numa conversinha amena) - quem quer receber uma transfusão ou fazer uma operação poderá fazê-lo livremente. Os que as condenam moralmente, simplesmente não as fazem.

Por fim, caso hipoteticamente vivêssemos num país em que transfusões e operações fossem ilegais, e caso houvesse um referendo no sentido de alterar essa lei, todos os que não fossem votar perdiam toda e qualquer legitimidade. Fazê-lo duas vezes, então, devia dar cadeia.