quarta-feira, agosto 23, 2006

«"Pessoa é um dos meus escritores preferidos. Deitaram abaixo Salazar e agora têm um governo decente. O terramoto de Lisboa inspirou Voltaire a escrever Candide. E Portugal ajudou milhares de Judeus a fugirem da Europa durante a guerra. É um país bestial. Eu nunca lá estive, é claro, mas, queira ou não queira, é lá que eu vivo agora. Não, Portugal é perfeito. Do jeito que as coisas se têm passado nestes últimos dias, só podia ser Portugal."
"De que é que tu estás a falar, Sid?"
"É uma longa história. Eu depois conto."»

Paul Auster in A Noite do Oráculo

terça-feira, agosto 22, 2006











É preciso respirar bem fundo depois de acabar o livro - é o que faz a leitura ser simples: lemos de rompante sem digerirmos devidamente o que estamos a ler. Nunca tinha lido nada assim - é estranho, assustador, perturbante. É brilhante - mas de um brilho quase medo.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Difícilmente haverá desporto...












































































...com fotografias tão espectaculares!

terça-feira, agosto 15, 2006

Dependendo do seu grau de complexidade, os modelos (macro)económicos podem ter uma aparência pouco amigável. Porém, os mecanismos físicos, dada a sua tangibilidade, têm uma imponência que uns quantos rabiscos numa folha de papel, com letras gregas à mistura, nunca conseguirão ter. Na imagem ao lado, encontra-se o mecanismo criado por William Phillips, em 1949, para ilustrar o fluxo circular do rendimento. Se a análise estritamente mecânica daquilo que se passa na economia tivesse prevalecido, certamente seria típico encontrar economistas com as mangas arregaçadas e uma chave inglesa na mão, ajustando válvulas para avaliar o impacto de um aumento da taxa de imposto no rendimento.

sábado, agosto 05, 2006

Sou aquilo a que se chama um agente forward looking.

terça-feira, agosto 01, 2006

Já lá vai o tempo (dois anos, mais concretamente, Verão de Jogos Olímpicos) em que eu sabia exactamente o que era "empranchado" e "encarpado". Em que, orgulhosamente, dizia, dois segundos antes do locutor, o que tinha acabado de ver. Em que distinguia, depois de ter visto cerca de 50 mergulhos, o médio baixo do médio bom - e não apenas o desastroso do perfeito, como inicialmente. É, não devemos menosprezar o mergulho. E isto tudo para dizer que temos aí o Europeu de Budapeste - à falta de fotografias de mergulho (que só começou hoje) fica aqui a natação e a sincronizada.