segunda-feira, julho 24, 2006

Ao folhear um prontuário de língua portuguesa descobri a secção "estrangeirismos a evitar". Achei logo mal. "a evitar" pareceu-me deveras presunçoso - se ainda fosse "estrangeirismos errados", acharia muito bem que alguém se levantasse em defesa da língua. Mas "a evitar"? Se a razão apresentada para tal lista negra fosse o facto dessas expressões serem feias, sim senhor, era uma iniciativa de louvar - eu própria pretendo escrever, logo que disponha do devido tempo, um pequeno rol de "palavras a evitar", acrescentando uma pequena mas esclarecedora nota de rodapé dizendo "porque são feias, soam mal ou têm mau aspecto escritas" - mas não. Diz-se, depois do título, que a razão é simplesmente a existência de sinónimos na língua portuguesa. Pois. Sinónimos, dizem. Senão vejamos:

slogan - eslógã
puzzle - pâzele
slot machine - caça-níqueis
cocktail - coquetel
jeans - jines
stand - estande

Perante isto*, também me pergunto - para quê usar estrangeirismos?

*dirá o leitor atento: "Não, não, isso não estava no prontuário". Ao que eu responderei "Está coberto de razão - à falta de prontuário neste instante, optei por isto".

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