Ora, nem mais.
"PS: Confesso que sou bastante relapso a mudanças de hábitos de vida. Mas, quando as coisas mudam, embora esteja habituado a elas e não veja razões para a mudança, forço-me a acreditar que é tudo uma questão de tempo até me habituar. Esperei o tempo devido até me habituar ao novo ‘Público’: não consegui. Tal como vejo a mudança, a linha editorial do jornal foi sacrificada às ideias de um qualquer guru gráfico que, aliás e segundo li, acredita piamente na morte próxima dos jornais. E, acreditando, tratou de abreviar a morte do ‘Público’, transformando-o numa variante dos panfletos publicitários da Moviflor, no mais totalmente descaracterizado, incompreensível e pior. Para agravar a minha tristeza, também o Rádio Clube Português, a única rádio mais ou menos suportável, resolveu suicidar-se em directo, transformando-se numa estação de infatigável diarreia verbal, totalmente infrequentável. Tenho muita, muita pena."
Miguel Sousa Tavares, aqui.
Nos idos 2003, acabou a Nostalgia. É o que faz uma rádio destas cair nas mãos de um grande grupo como a Media Capital, pensei eu, na altura. Mas rapidamente me habituei ao RCP e, face às perspectivas catastróficas, até achei que ficámos bem servidos. Mal sabia eu, quando escrevi este post a 24 de Janeiro, que 5 dias depois ia acabar o RCP e nascer aquela insuportável ladainha. Sem conteúdo, sem interesse e, mal dos males, sem música. "Tenho muita, muita pena."
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