Não concordo nada com isto e estou absolutamente de acordo com isto. No primeiro, não percebo bem a tentativa de generalização ("Kramer perdeu a cabeça, como outras pessoas perdem a cabeça, por exemplo no trânsito") e não vejo desculpa possível ("Kramer quis aleijar, e levante-se o primeiro santo que nunca quis magoar"). Relativamente ao segundo, acho que o racismo (como qualquer outra tentativa de hierarquização social) é, apenas e só, uma ideologia - o conceito de instinto é uma confortável forma de desresponsabilização. Momentos de cólera, sobretudo tão desproporcionada como a de Michael Richards, devem fazer-nos pensar, mas, acima de tudo, devem fazer pensar o próprio Richards. E todos os Richards que reagem de forma semelhante, alegando, à posteriori, surpresa e consternação.
A mim, as imagens chocaram-me. Era uma fã incondicional de Kramer. Definitivamente, não de Michael Richards.
sábado, dezembro 02, 2006
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