Há religiões que se opõe a transfusões de sangue e operações cirúrgicas, mesmo que para salvar uma vida. Quanto a isto queria dizer 3 (três) coisas:
Uma, é que nunca vi nenhuma mobilização social pelo facto de estes contribuintes pagarem as transfusões e operações dos restantes contribuintes, mesmo que os primeiros as considerem moralmente condenáveis.
Outra, e seguindo na linha da moralidade, esses primeiros contribuintes não procuram impor a sua moral aos outros (pelo menos não mais do que numa conversinha amena) - quem quer receber uma transfusão ou fazer uma operação poderá fazê-lo livremente. Os que as condenam moralmente, simplesmente não as fazem.
Por fim, caso hipoteticamente vivêssemos num país em que transfusões e operações fossem ilegais, e caso houvesse um referendo no sentido de alterar essa lei, todos os que não fossem votar perdiam toda e qualquer legitimidade. Fazê-lo duas vezes, então, devia dar cadeia.
quarta-feira, novembro 01, 2006
Interrupção Voluntária da Gravidez
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1 comentário:
Uma excelente comparação, mas se eu quisesse fazer de advogada do diabo, diria que neste caso as pessoas que tomam a opção de não fazer transfusões estão a decidir sobre a sua vida, enquanto na IVG há outra vida em jogo (deixando de parte a discussão académica de quando começa a vida).
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